Assim, este conjunto de textos e de imagens (primeiro número de uma
publicação de incerta periodicidade?) corresponde a um esforço/gozo
nosso em levantar estas questões sobre as quais sentimos a falta de um
discurso crítico feito com as ferramentas da escrita, das ciências sociais,
da literatura, do cinema, do teatro, da fotografia, mas, sobretudo e em
primeiro lugar, das nossas vidas - num movimento que tem a ver com
dizer as coisas, ouvir, pensá-las, e fazê-lo sem separação (de discursos,
de gentes, de modos de expressão) para que eu, tu, ele, o especialista,
o artista, o migrante que és tu agora, mas que ontem fui eu e viceversa
nos habituemos a falar, em que se trata de opor histórias outras à
massificação mediática que transforma tudo numa história só.